Infelizmente nas vidas que levamos, entre todas as obrigações que temos, sobra-nos pouco tempo para dar mais colo aos nossos filhos. Como mamíferos que somos, precisamos de “lamber a cria”, dar-lhe colo e enchê-la de amor.
Um dos fatores de grande importância para a construção de uma boa autoestima, são os olhares dos pais em idades cruciais do crescimento das crianças, assim como os elogios “verdadeiros” e as críticas construtivas que vêm dos pais, de professores e educadores.
Por todos estes fatores e outros mais, existem cada vez mais pessoas com baixa autoestima ou falta de amor próprio, que não se acham suficientemente bons, ou que até acham que não têm qualquer tipo de impacto ou importância no mundo.
Amor próprio é gostarmos de nós próprios, e essa é uma condição fundamental para termos sucesso e sermos felizes.
No entanto, vemo-nos muitas vezes a trabalhar muito mais do que devíamos, dando para além das nossas capacidades para conseguirmos algum reconhecimento ou um salário melhor.
A nível familiar e das relações interpessoais esta carência também se reflete. A falta de autoestima vem quando nos faltou esse reconhecimento, quando nos comparamos porque temos caraterísticas que consideramos menos valorizadas, como peso a mais ou peso a menos, altura a mais ou a menos, a cor da pele, o tipo de cabelo, as condições financeiras, entre tantas outras coisas que gostaríamos de ter e não temos, e que levam a desigualdades que geram menos aceitação.
No entanto, e conforme disse, o amor próprio é fundamental para a nossa felicidade e bem-estar, devemos cultivá-lo sempre que possível e isso está só nas nossas mãos.
Para o conseguirmos há um conjunto de conselhos que podem ajudar:
Todos temos um dom especial e todos temos caraterísticas que nos diferenciam e que são únicas.
Reparar nas coisas que os outros nos pedem é uma forma simples de perceber o que temos de especial. Porque recorrem a nós? Há alguma coisa que fazemos verdadeiramente bem feita? Temos talento para bricolage, cozinha, doçaria, somos bons ouvintes, damos bons conselhos, ouvimos sem censurar, somos confiantes…?
Perceber isto conduz-nos aos nossos talentos especiais, que nem sempre nos apercebemos que temos, mas que é fundamental aprendermos a conhecer.
Comece a auto elogiar-se todos os dias!
Deixe de olhar para o que considera um defeito e comece a olhar para o que é único. Podemos não ser altos, esguios, loiros ou morenos, não ter uma conta bancária que nos satisfaça, mas temos de certeza caraterísticas que são nossas, únicas e que nos diferenciam. Olhe para elas e valorize-as.
Praticar o bem!
Praticar o bem tem muito a ver com amor próprio porque traz reconhecimento, gratidão, traz bem-estar aos outros, e consequentemente traz-nos bem-estar a nós. E isto reabastece a autoestima.
Sermos bons o suficiente é fundamental!
A procura de sermos os melhores desgasta e provoca ansiedade. Devemos apenas ser bons o quanto baste, com os nossos talentos, com as nossas caraterísticas únicas e especiais.
Concluindo, o amor próprio cultiva-se, e quando começamos a gostar de nós a vida melhora, sentimo-nos mais leves e felizes, e promovemos a nossa saúde e o nosso bem-estar!
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